quarta-feira, 29 de abril de 2015

O MUNICÍPIO DE CATU: CONTEXTO HISTÓRICO


Este capítulo tem como objetivo apresentar a origem do município de Catu e da Fazenda Modelo de Criação. O presente trabalho se estrutura a partir do estudo do Instituto Federal Campus Catu. Deste modo, conhecer o território no qual se localiza, sua história e a relação com o campus é uma necessidade que corroborará o entendimento do objeto de estudo.
Localizada às margens da atual Rodovia Federal BR 110, esta terra de tupiniquins e pataxós (figura 1) aos quais se atribui a palavra catu, que quer dizer, em tupi-guarani, bom (IBGE, 2009), foi tomada por colonos portugueses que acabaram por expulsar os indígenas para o sertão, porquanto tentavam escravizá-los. A expressão cunhada pelos indígenas mostrou-se verdadeira, local de terras férteis, dentre outras culturas que ali prosperaram, como a cana-de-açúcar, o fumo bem adaptou-se a ponto da produção ter sido exportada no passado para Alemanha, Holanda e outros países europeus.



Figura 1 – Vila de Santana do Catu
Fonte: Souza (2010).

Essas terras já fizeram parte das sesmarias do Conde da Ponte, João de Saldanha da Gama Melo Torres Guedes Brito (1773-1809), sexto governador da capitania da Bahia, a quem o Príncipe Regente D. João enviou carta ordenando ―a abertura dos portos do Brasil a todas as mercadorias transportadas por navios de seus vassalos e de estrangeiros de nações amigas‖ (IBGE, 2009).
Época em que a construção de capelas ou a ocasional fixação de um ponto de parada de viajantes originando, assim, uma feira, significava a gênese de uma futura cidade, com o povoamento e posterior fundação da Freguesia de Santana do Catu não foi diferente, (figuras 2 e 3). Ocorreu através da ação da Igreja Católica, na pessoa do 12.° Arcebispo da Bahia, Dom Antônio Correia, no ano de 1787. A demarcação do alcance das terras da dita freguesia aconteceu anos depois, em 23 de julho de 1830, na residência do visitador, onde reuniram-se o Padre João Nepomuceno Moreira de Pinho, os vigários de Santana do Catu e o de Alagoinhas. A demarcação foi reconhecida em 26 de junho de 1863 pelo presidente da Província, Dr. José Bonifácio Vasconcelos de Azambuja (IBGE, 2009).


Figura 2 – Vila de Santana do Catu
Fonte: Souza (2010).

Através da Lei Provincial nº. 1.058, de 26 de junho de 1868 foi criado o município de Santana do Catu, desmembrado da Vila de São Francisco, e sua efetiva instalação deu-se a 6 de março de 1877. Até 1911 o município era composto de três distritos, quais sejam, Santana do Catu, São Miguel e Pojuca. Este último foi desmembrado quando se tornou um município através da Lei estadual n.° 79, de 29 de julho de 1913 (IBGE, 2009).



Figura 4 – Igreja Nossa Senhora de Santana – Procissão – Catu - BA
Fonte: Souza (2010).

Acima, (figura 4) é possível vislumbrar a praça principal, onde se localiza a Capela de Nossa Senhora de Santana, em dia de procissão. Outro momento de confluência dos moradores dos diferentes distritos para a sede eram os dias de feira (figuras 5 e 6).


Figura 5 – A feira-livre – Município de Catu
Fonte: Souza (2010).

A simplificação do nome para Catu e a elevação ao status de cidade ocorreu através do Decreto Estadual n.º 7.455, de 23 de junho de 1931, ratificado pelo de número 7.479, de 8 de julho do mesmo ano (IBGE, 2009).
Pelo Decreto Estadual n.° 11.089, de 30 de novembro de 1938, o município passou a ser constituído por três distritos: Catu (sede), Bela Flor (ex-São Miguel) e Sítio Novo (IBGE, 2009).

Fonte : Trecho da tese de doutorado da professora Maria Arlinda de Assis Menezes 

2 comentários:

  1. Parabéns Cássio!! Bela iniciativa de propagar a história de sua cidade a qual tanto se orgulha, bonito de ver sua dedicação apreço...

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  2. Não sabia desta historia da nossa cidade a qual também me orgulho de ter nascido.

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